A professora Karina Haddad estimulou os alunos do Infantil a descobrirem como tocar os instrumentos da Sala de Música. Classificaram os instrumentos de acordo com a forma que fazemos para conseguir o som de cada um:
Batendo: Tambor, coco, triângulo, prato, clave, agogô.
Soprando: Flauta doce, flauta de bambu, berrante.
Chacoalhando: Caxixi, ganzá, maraca.
Raspando: Reco-reco
Puxando e empurrando: Sanfona, violino.
Instrumentos com formas variadas de tocar: Piano, violão, pandeiro, pandeirola, afoxé, lira, xilofone.
Os alunos tocaram todos esses instrumentos, que estão disponíveis na sala, e a professora trabalhou sobre a pega e a lateralidade. Depois ela perguntou que forma de tocar mais agradava a eles. Muitos disseram que preferiam raspar. As turminhas ouviram músicas com sons variados, para descobrir que instrumentos foram usados.
As crianças observaram que alguns instrumentos produziam som com mais de uma forma de tocar. O sino, por exemplo, pode ser chacoalhado, como o da sala, porém tem sinos que são de bater.
O aluno André Pompein do Infantil 5 B contou que em Londres tem um sino muito grande e que para tocá-lo precisamos bater com um martelo.
Arthur Henrique Diniz (Infantil 4 A) observou que o pau-de-chuva é diferente, pois temos que esperar os grãozinhos caírem para o som aparecer.
Pedro de Andrade Ferreira (Infantil 5 A) disse que o violão serve para bater, puxar e raspar.
Guilherme Testa Gonçalves de Lima (Infantil 3 B) disse que o pandeiro serve para bater e chacoalhar.
Cecília Freitas Amaral Moreira (Infantil 4 B) notou que o caxixi deve ser chacoalhado, mas que as sementes dentro dele batem para o som sair.
Pedro Camargos Bicalho (Infantil 3A) observou que o som do triângulo é produzido quando batemos o ferrinho (baqueta).
Segundo a professora Karina: “As crianças demonstram interesse pelos instrumentos musicais e, de forma lúdica, elas exploraram todos. A cada experiência, um sorriso ou uma surpresa ao ouvir notas e ruídos. O que fazer com esses instrumentos? Como tocá-los? Para que servem? Quando a criança percebe que um som, somado ao outro, um ritmo, um conjunto faz com que apareça o que chamamos de música, e que essa experiência a faz parte de algo muito maior, ela entende como a música é feita. Capacitar os alunos cada vez mais para a execução dos instrumentos, foi o que me motivou para esse projeto. Quando uma criança pega um pandeiro e brinca de volante de carro, é uma forma de descobrir o mundo, mas quando ela descobre que o pandeiro é um instrumento musical, ela começa a criar ritmo. É uma outra etapa do aprendizado que também pode ser lúdica. Busquei mostrar para os alunos que tocar um instrumento é algo maravilhoso, que permite a criação e a expressão musical. Queria que o instrumento deixasse de ser apenas um brinquedo para eles e, que isso possibilitasse sua evolução alargando seus horizontes musicais”.
