Na aula com o tema Handball, as alunas do 8º Ano A e B foram dividas em três equipes e realizaram um jogo em dois momentos. Duas jogavam entre si, uma ficava dentro do arco. O primeiro momento consistia em uma equipe realizar 10 passes entre as jogadoras, sem que o outro time interceptasse a bola, e o “gol” era feito mandando a bola para uma das alunas que estava dentro do arco. Quando a bola chegava até a aluna que estava no arco, o jogo passava a ser um coletivo de handball em que as duas equipes jogavam com as regras tradicionais do esporte.
De acordo com a professora Renata Xavier, “motivar as alunas a fazerem todas as aulas de Educação Física, com empenho, é um desafio, por isso a estratégia da aprendizagem através de jogos adaptados é uma ótima alternativa. Os jogos trazem dinamismo às aulas. O objetivo não é somente o gol. As alunas puderam refletir sobre a participação de cada uma no jogo, o que faz muita diferença, uma a menos traz grande desvantagem para o time”.
As movimentações para marcar e não deixar o time realizar os passes e também para fugir da marcação foram enfatizadas. Desse modo, as alunas perceberam de forma prática que existem formas mais eficazes de realizar as movimentações em campo, os posicionamentos para receber e lançar a bola, e desviar das alunas dos arcos.
Falar sobre o movimento não é nada se não o colocamos em prática. Por isso, vivenciar situações que demandem a resoluções de um problema no jogo, seja de achar o melhor posicionamento ou escolher a colega para passar a bola, desenvolve a criatividade, a criticidade e favorece a busca de resoluções com êxito.
As alunas participaram com gosto da atividade, saíram cansadas, mas felizes. Uma delas relatou: “Essa aula foi ótima, estou super cansada, mas valeu a pena. Queremos mais vezes essa atividade!”. A professora também sentiu-se realizada vendo o envolvimento de todas em fazer daquela aula um momento de verdadeiro aprendizado.
“Entre a arte de ensinar e a arte de aprender existe uma grande diferença, não obstante ambas se acharem intimamente vinculadas. Geralmente, quem começa a aprender o faz sem saber porquê; pensa que é por uma necessidade, por uma exigência de seu temperamento, por um desejo ou por muitas outras coisas, às quais costuma atribuir esse porquê. Mas quando começa a vincular-se com aquilo que aprende, vai despertando nele o interesse, ao mesmo tempo que se reanimam as fibras adormecidas da alma, que começa a buscar, chamando ao estudo, os estímulos que irão criar a capacidade de aprender." Da Sabedoria Logosófica
