Infantil 5A encontra uma "carteira" recheada de valores para a vida

Unidade: Funcionários | 15 Apr 2019

As professoras Julieta Lima e Bruna Godoy prepararam a leitura do livro Carteira Recheada, de Maria Lúcia da Silveira. A história conta sobre um menino (Zezé) que encontra uma carteira, e vivencia uma linda experiência que ele guarda para toda a vida.

 Ao contar a história, as professoras fizeram uma pausa na parte em que a carteira é encontrada e, neste momento, conversaram com as crianças sobre o que fariam se encontrassem uma carteira. Algumas respostas foram:

- “Eu ia procurar o dono”

- “Eu dava para minha mãe”

 De repente, um aluno manifesta:

- “Achado não é roubado”

Aquela frase ficou no ar.  Até que alguns concordaram com a opinião do colega. As professoras fizeram algumas intervenções, reforçando o fato, como se ele acontecesse com cada um. Então, voltaram a pergunta para eles:

- Mas, se acontecesse com vocês?

As respostas chamaram atenção. Quando as coisas acontecem conosco pensamos no correto de ser feito mas, quando acontece com o outro, é diferente?

O momento de conversa foi muito intenso e a aula chegou ao final. No dia seguinte continuaram a leitura. O desenvolver da história apresenta situações inusitadas.  A carteira estava recheada de dinheiro. A criança imagina o que vai fazer com tanto dinheiro, distribuindo presentes até para a irmã. Entretanto ele precisava contar para seus pais. Ao contar, o pai pergunta se não teria um nome na carteira, para que pudessem encontrar o dono.  Foi encontrado um nome e um endereço e decidiram que iriam levar a carteira até o ele.

Zezé fica muito tenso por ter que devolver a carteira, mas alegria do dono da carteira foi imensa e ele quis dar uma recompensa para Zezé. Porém, o pai de Zezé não aceita.  Zezé fica sem saber o que fazer, afinal era uma recompensa pelo bem que ele fizera.

As professoras perguntaram para os alunos se eles acharam certo o que o pai de Zezé fizera e a maioria disse que não, pois ele merecia ganhar uma recompensa porque fizera o bem.

Então, as docentes conversaram com as crianças sobre fazer o bem. Será que quando somos honestos, justos e fazemos o bem, temos que ser recompensados? Ou isso deveria se algo natural do ser humano, ou seja, toda pessoa deveria fazer o bem e ser honesta.

As crianças foram entendendo o que o pai de Zezé ensinou para ele.

Depois de três dias de conversas, teatros, desenhos, e muitas explicações, a criança que manifestou que “achado não é roubado”, disse:

- “Professora se eu perdesse uma carteira assim, eu ia querer que quem a encontrasse me devolvesse. Porque é muito importante a gente ser do bem e fazer o bem. Mesmo eu não conhecendo a pessoa, eu ia querer ajudar ela.”

Quando o aluno manifestou desta maneira, perguntamos qual o valor que ele estava manifestando. Muitos disseram que era amizade. As professoras disseram que tinha algo mais. Após a conversa, as crianças descobriram outros valores, como: amizade, cuidado, colaboração, amor e honestidade.

Então decidiram que cada um teria uma carteira recheada de valores. Fizeram uma dobradura de carteira e conversaram sobre cada uma ser especial, única. Então, cada criança foi identificando os valores que favorecem uma boa convivência: obediência, amizade, amor, alegria, honestidade, e bondade.

No final cada um recheou sua carteira com valores para a vida e todos levaram as carteiras para casa. As professoras receberam alguns retornos:

- “Professora, eu mostrei pra todo mundo lá em casa e ensinei a minha irmã Sofia.” Arthur Santos

- “Minha mãe gostou da minha carteira.” Ana Beatriz Neves

- “Eu quero fazer uma carteira para todos da minha família.” Henrique Ribeiro