Um dia, no pátio da Escola, um grupo de crianças quebrou um galho grande da árvore perto do caramanchão. As professoras pegaram o galho, foram para a sala de aula conversar com os alunos. Todos chegaram à conclusão de que o galho quebrou porque as crianças do Colégio gostavam de balançá-lo, para pegar as sementinhas, que parecem lindos pingos.
Concluíram também que tinham um problema que precisava ser resolvido. Muitas ideias foram levantadas pelas crianças: plantar o galho novamente, colar o galho, etc. Resolveram conversar com a professora Terezinha Kimura, do Jardim Pedagógico, para que ela lhes explicasse se o galho poderia nascer de novo. Ela disse que tentaria plantar uma mudinha do galho, mas que não teria como ele nascer grande.
Em outro dia, brincando no pátio, as crianças quebraram novamente mais um galho da mesma árvore! Ficaram muito assustadas com o que ocorreu e viram que o erro havia se repetido, sem nenhum aprendizado.
As conversações em sala continuaram, pois agora tinham outro problema a resolver. Precisavam contar para a diretoria da Escola o que ocorreu, aprender a brincar perto da natureza sem destruí-la e ensinar a outras crianças como cuidar da natureza, pois não era só o infantil 5B que gostava de subir e sacudir a “árvore de pingos”.
Assim se manifestaram as professoras Ana Gabriela Lemos e Najla Freire:
“Identificamos três pensamentos ruins que nos fazem repetir o erro: o exagero, a desobediência e o imitar coisas erradas que os outros fazem. Os pensamentos bons que selecionamos para nos ajudar a não repetir os erros foram o respeito, a obediência e o pensar antes de fazer alguma coisa”.
Em seguida os alunos ouviram a história de uma criança americana que escreveu um livro para ajudar um amigo doente e foram convidados a redigirem texto coletivo, inspirados na história que escutaram. O livro se chama “É tão chocolate”, de Dylan Siegel. Com esse livro aprenderam que todos podem fazer o bem.
Surgiu a ideia de escrever um livro também a partir de um texto coletivo - um livro do bem – e todos fizeram ilustrações para ele. Muitas ideias foram apresentadas para editar o livro e a turminha acabou conseguindo um patrocinador. O objetivo era doar um exemplar para cada sala, como presente pelos 51 anos do Colégio Logosófico em BH, e estimular as famílias a comprarem pelo menos um exemplar. O nome escolhido para o livro foi: “A árvore que quebrou!”.
São palavras das professoras: “O lançamento do livro foi um sucesso em toda a Escola! O livro ficou lindo! Ainda estamos trabalhando com essa experiência e muitas atividades estão sendo planejadas. Algumas já foram até realizadas, como a visita ao Colégio, de uma das sócias da editora que trouxe o livro “É tão chocolate!” para o Brasil.”.
