Os alunos do Infantil 2 do Colégio Logosófico de Brasília, orientados pelas professoras Juliana Póvoa, Daniely Kris e Thayná Frota, embarcaram em uma jornada de descobertas com o projeto interdisciplinar “O que acontece no meu jardim?”. A atividade teve como objetivo apresentar, de forma simples e vivencial, a Lei de Evolução, trabalhando conceitos fundamentais como tempo, equilíbrio, esforço e o saber esperar.
O projeto começou com a leitura do livro “Aninha e o seu pé de feijão”, conduzida pela professora Daniely. A história inspirou as crianças a plantarem feijões em algodão, permitindo que cada uma acompanhasse de perto o crescimento das sementes. Esse exercício promoveu reflexões sobre a paciência e a importância de respeitar o tempo natural das coisas.
A experiência ganhou ainda mais significado quando a professora Juliana trouxe para a sala de aula um “mistério” encontrado em seu próprio jardim: uma folha diferente. A partir desse estímulo, as crianças foram desafiadas a investigar o que poderia estar acontecendo. Fotos diárias mostravam o desenvolvimento de algo desconhecido, despertando a curiosidade e a imaginação dos pequenos. Entre palpites criativos como “unicórnio” e “minhoca”, eles descobriram que se tratava de uma lagarta, carinhosamente batizada de Ana Macarrão.
Ao observar o ciclo de vida da lagarta até sua transformação em borboleta, os alunos aprenderam sobre evolução e transformação, compreendendo que mudanças exigem tempo e cuidado. Essa vivência foi ampliada com paralelos ao desenvolvimento humano, ajudando-os a refletir sobre seu próprio crescimento.
A professora Thayná Frota também integrou o projeto às aulas de inglês, reforçando o aprendizado com palavras-chave e atividades relacionadas ao tema, enriquecendo ainda mais a experiência.
Relatos das famílias mostraram como a atividade impactou positivamente as crianças. Uma aluna, por exemplo, superou o medo de pessoas fantasiadas ao compreender, com base nas observações do projeto, que por trás das fantasias existe sempre uma pessoa. Outro aluno percebeu que seu avô também foi criança um dia, despertando uma reflexão sobre crescimento e evolução.
Por meio dessa vivência, as crianças aprenderam a valorizar a paciência, o cuidado e a importância da observação atenta. A natureza, como destaca a Logosofia, mostrou-se uma grande mestra, ensinando valiosas lições que cada aluno levará para a vida.
“A Natureza é sábia e contém o néctar da Sabedoria. É a primeira professora do ser humano. Quem, acaso, lá na infância, na primeira infância, não povoou sua mente com presenças animadas? Discípulos, essa foi sua primeira vida social. E essas presenças com que povoaram sua mente – criando, convertidos em semideuses dentro dela, um mundo que era seu –, não obedeciam, dóceis, a seu mandato e lhes prestavam essa grande homenagem que somente se pode tributar ao Criador? Justamente, porque foram os criadores desse mundo, dando-lhe vida e vivendo nele.” — Carlos Bernardo González Pecotche
