As professoras Roseli Luro e Noemy Martins, da Turma 1 do Horário Estendido, resolveram introduzir na rotina das crianças uma nova palavra: ignorar. As docentes explicaram seu significado de forma bem sensível, dizendo que devemos ignorar quando alguém nos provoca com gestos ou de forma verbal, ou seja, não dar importância a essa atitude que tira nossa atenção e nos deixa triste. Elas orientaram que é melhor deixar para lá, como se não fosse com a gente e, só depois, quando o(a) colega mudar o pensamento, aí sim podemos tentar uma aproximação e brincar juntos novamente.
Foi falado ainda da importância de cada um cuidar da sua vida, pois, se for diferente, esquecemos a nossa própria e dessa maneira daremos motivos para a provocação dos colegas, por estarmos cuidando da vida dele.
Desde então, quando o pensamento de provocação começa a se manifestar, as professoras recordam com eles sobre a conversação que já tiveram sobre o tema e de como deve ser a atitude nesse momento.
Foi realizado também um trabalho individual com as crianças que apresentaram esse pensamento de forma acentuada, levando alguns elementos de bem para reflexão e, sobre o esforço para mudar um pensamento que não é legal, colocando um bom no lugar, como o cultivo da amizade, por exemplo.
De acordo com as professoras, depois dessas atividades o ambiente na sala melhorou e está mais tranquilo e feliz.
“Para ser efetivamente dono da vontade, é necessário primeiro ser dono da própria mente. O exemplo mais claro que se pode apresentar a esse respeito é o de uma casa com seus moradores e com os que a frequentam, parentes, amigos, etc. O dono da casa é quem permite a entrada e a permanência destes, e cuida para que nela reinem o bem-estar e a harmonia.” González Pecotche
