Cidadania, Política e Democracia. Conceitos distantes para tantas escolas foram tema de um projeto integrado, para os formandos do Ensino Médio, que envolveu as disciplinas de Física, Química, História, Sociologia, Filosofia, Ética e Produção de Texto. Um desafio criterioso foi planejado pelo corpo docente, no intuito de os jovens ampliarem o leque de conhecimentos sobre eixos importantes para a vida em sociedade, além de promoverem uma qualificação do repertório crítico que pudesse elevar as condições de desenvolverem, ao final do ano, uma redação rica em argumentos no Enem – Exame Nacional do Ensino Médio.
No script, os alunos foram divididos em seis grupos, com uma missão inicial: a construção de um plano de governo voltado para eleições municipais. Na sequência, cada grupo definiu um candidato para um enfrentamento crítico, simulado nos moldes dos debates das emissoras de TV. Por fim, os grupos foram orientados a buscarem qual plano de governo mais se assemelhava ao seu (em afinidade de propostas), para a consolidação de três candidaturas finais, unindo dois grupos em um só propósito, restando ao final, três candidatos a prefeito e três candidatos a vice. “Atividades como essa são fundamentais e toda escola deveria seguir o exemplo do Colégio Logosófico. Democracia é igual matemática. Se a gente não ensinar, quem precisa não aprende. Voto faz diferença”, analisa o advogado e professor universitário Gabriel Azevedo, mediador do debate.
A coordenadora pedagógica, Marise Nancy de Alencar, faz uma avaliação positiva da iniciativa. “É importante demais favorecer que as áreas de conhecimento se complementem, se ajudem e contribuam, de fato, para que haja avanços seja no assunto que for. Na minha opinião, não há avanços de forma isolada. Quanto mais o conhecimento estiver a serviço da evolução do entendimento e do amadurecimento, melhor”. Especificamente sobre a temática envolvida, Marise completa: “urge a necessidade de fazer com que nós, brasileiros, possamos sair de uma posição cômoda de apenas criticar, passando a refletir e agir. Mesmo que no nosso âmbito mais próximo, isso já é um grande passo. Saber argumentar e discordar com uma elegância pautada em conhecimento, e não em preferências, favorece demais o amadurecimento e, consequentemente, os argumentos mais consistentes”.
O representante de sala, Bernardo Costa, que se sagrou vitorioso no fim do debate, ao lado de Bernardo Santos (candidato a vice na chapa “PPS – Partido em Prol da Sociedade”), define o trabalho como construtivo para a sua condição de estudante e de cidadão. “A experiência me fez refletir muito a respeito de o quanto a juventude atual necessita de despertar interesse pela política. Ao longo do projeto, eu comecei a perceber uma gama extensa de problemas relacionados, por exemplo, à sustentabilidade, à economia e ao saneamento básico que, há poucos meses, não fazia ideia que existiam”. Nessa linha, Costa conclui: “esse projeto foi de extrema importância para minha conscientização política e, além disso, ressaltou mais ainda a grande responsabilidade e o comprometimento que um representante político deve ter”.
Os professores-orientadores envolvidos no projeto, Ivan Pontelo, Emanuele Marques, Ríveres Almeida, Emanoela Lima, Luís A. Rossi Westin e Rafael Oliveira parabenizam os estudantes pelo empenho, a seriedade e o espírito de equipe com o qual guiaram cada etapa do “Eleições em Foco”.
