Turmas do 6° ao 9° Ano realizam exposição em homenagem aos 57 anos de Brasília

Unidade: Brasília | 20 Apr 2017

Foi com muita alegria que a Unidade Brasília convidou amigos e familiares do Fundamental ll para a cerimônia de abertura da exposição fotográfica: Brasília Viva – Anônimos Transformam a Cidade.

Para homenagear a Capital Federal que completa 57 anos no dia 21 de abril, os adolescentes buscaram, entre os anônimos que moram no Distrito Federal, ações que tornam a comunidade melhor e que evidenciam o cultivo de uma conduta de bem.

Os jovens registraram histórias inspiradoras, permeadas por inúmeras lutas. Aprenderam muito com todas elas e, no dia 18 de abril, puderam compartilhar com o público em geral o que viveram e sentiram na elaboração dos seus trabalhos!

Por sua importância e sensibilidade, a exposição ganhou a atenção da cidade e, dessa maneira, foi apresentada em uma galeria de arte: a Galeria Venâncio.

Alunos e pais estavam muito felizes e emocionados durante a cerimônia de abertura. Algumas histórias foram relatadas nesta oportunidade e tocaram a sensibilidade de todos. Os adolescentes mostraram um olhar doce, respeitoso e de esperança diante dos exemplos que buscaram na comunidade brasiliense.

A exposição Brasília Viva – Anônimos Transformam a Cidade ficará montada na Galeria Venâncio até o dia 30 de abril.

 

Algumas histórias presentes na exposição:

Autora: Fernanda Bernardes – 7° Ano

Anônimo: Seu Luiz

Seu Luiz nasceu no dia 9 de maio de 1949, no Rio Grande do Norte. Há 29 anos, trabalha, como pipoqueiro, em frente ao Colégio Logosófico. Ele mantém um bom relacionamento com as crianças, com as famílias e com todos que também trabalham ali. Seu Luiz é sempre muito alegre e simpático com as pessoas. Trata as crianças, seus maiores clientes, como se fossem seus próprios netos. Seu Luiz teve contato com muitas gerações ao longo desses 29 anos de trabalho. Fica emocionado sempre que revê ex-alunos e também  ao se lembrar do número de pessoas que ali passaram e que conheceu. Sua companheira, Dona Fátima, ajuda-o a fazer suas deliciosas pipocas e também alegra a todos. Ele diz que é muito feliz com o trabalho que tem, pois é  um trabalho digno e com ele sustentou e sustenta sua família. Sua demonstração de carinho, de atenção e de esforço é um exemplo para todos que o conhecem. Isso o torna um agente do bem.

 

Autor: David Luna – 7° Ano

Anônimo: Damião de Almeida Juvito

Damião Juvito, nascido em Itaporanga – PB, é professor de matemática. Além de bom professor, é também um ótimo amigo. É meu vizinho e padrinho da minha mãe. Minha família e a dele são muito unidas. Sempre uma ajudando a outra. Ele me ajuda a estudar para as provas de matemática e me ensina a não errar palavras em trabalhos. Ele não mudou uma ou duas pessoas, mas sim minha família toda. O Damião é muito esperto e tem uma estante coberta de livros. Está sempre tentando educar seus filhos da melhor forma possível. Ele e sua esposa são muito amigáveis e acho que conhecem quase todos os vizinhos. Eu me orgulho de poder dizer que ele e sua família são meus amigos e companheiros para a vida toda. Eu gosto quando ele vem para minha casa. Parece que ele inspira todo mundo a se divertir, apresentando sempre vídeos engraçados, algumas pegadinhas de lógica e, às vezes, até jogando comigo e com seu filho. Ele foi quem acompanhou a vida da minha família por muito tempo, sempre nos mostrando a melhor forma para seguir em frente sem tropeçar. Sei que ele é a melhor das influências que eu, meu pai e minha mãe poderíamos ter, pois está sempre nos ajudando e nos guiando. Esse é o Damião: o tipo de pessoa que sempre tenta ensinar aos seus alunos e amigos como se pode  viver de uma melhor  forma.

 

Autoras: Ana Lucinda Vargas e Sofia Mieto- 6° Ano

Anônima: Mara Regina Marques de Carvalho

Mara é uma carioca que veio para Brasília ensinar! Lecionou na rede pública de ensino para adolescentes e quando a aposentadoria chegou dedicou 5 anos de sua vida para alfabetizar adultos que não tiveram a chance de aprender a ler e a escrever. Tudo começou após uma conversa com um funcionário noturno do prédio em que ela mora. O porteiro lhe relatou que tinha o sonho de tirar a carteira de motorista, mas que não conseguia passar na prova escrita por não saber ler e nem escrever. Foi, então, que lhe surgiu a grande ideia de ajudar esse funcionário a realizar o seu sonho. Ela decidiu alfabetizar o porteiro! O síndico do prédio apoiou a iniciativa da professora e disponibilizou o local e o material necessários para as aulas. Como Mara era professora de matemática, sentiu dificuldade para ajudar seu aluno, por isso foi atrás de cursos para se especializar em alfabetização. Buscou uma ONG solidária que a auxiliou, fazendo com que o projeto crescesse e se espalhasse para outras pessoas além dos funcionários do prédio em que reside. Várias escolas doaram carteiras e um quadro-negro. Infelizmente, sua sala de aula precisou ser desativada. Mas para o projeto não terminar, Mara continuou ministrando suas aulas na sala de sua casa. Com a diminuição da procura, os alunos foram encaminhados para a rede pública de ensino para que pudessem concluir os seus estudos e o projeto foi encerrado.

 

Autora: Lyvian Brant – 9° Ano

Anônimos: Helenise Caldeira Brant e Elmo de Albuquerque

Nada é mais transformador do que o amor e ele pode ser demonstrado de várias maneiras: plantando uma árvore, ajudando um necessitado, adotando uma criança ou um animal. A senhora Helenise Caldeira Brant e seu marido Elmo de Albuquerque adotaram uma criança há nove anos. A família biológica da menina não tinha condições de cuidar e de fornecer uma boa vida para ela. Então, a avó entrou em contato com o casal, que abriu as portas da sua casa e janelas do mundo para a menina que já completava cinco anos de idade. Eles pensaram que seria por um período curto, já que ficariam com a criança até que a família dela encontrasse uma maneira de recebê-la de volta, mas descobriram que mais do que um momento, aquele era um encontro de almas. Assim que a menina passou a viver com Elmo e Helenise, os três já sabiam que era para sempre. Nove anos depois, a menina já é uma adolescente e faz planos para o futuro. Pensa em fazer medicina e salvar vidas como seus pais adotivos, que salvaram a vida dela. E assim a roda de solidariedade vai girando, fazendo com que  mais pessoas sejam ajudadas, compreendidas e amadas.